domingo, 20 de janeiro de 2008

Carta ao Vergílio




Querido Vergílio:



Nem sempre sabemos o que dizer. Alias, nem sempre temos que dizer qualquer coisa. Mas neste caso, neste instante, apetece-me conversar infinitamente contigo. Apetece-me contar-te segredos. Apetece-me mostrar-te que afinal somos bem mais parecidos do que julgamos ser.Tudo nunca passa de uma descoberta. Viver é descobrir, é cometer erros e querer dia após dia cometer ainda mais. Eu tenho sede de vida. Hoje seria capaz de gritar tão alto a minha felicidade inocente, que até tu, que moras longe, a poderias cheirar. Vou vivendo um dia de cada vez, mas não como se fosse o ultimo dos dias. Porque esse é para as despedidas e eu não me quero despedir. Um passo de cada vez. Não corro porque o caminho é grande e não me posso dar ao luxo de ficar cansada a meio. Vou, por isso, andando devagar. Vamos, por isso, vendo a paisagem os dois. Vamos pensando nas casas que queremos comprar e em todas aquelas que nunca comprariamos, não é? Vamos sonhando aos poucos. Vamos chorando aos poucos, rindo aos poucos, amando aos poucos, lembrando aos poucos. Vamos passando a mensgem por quem se cruza conosco. Amuamos, discutimos, mas vamos, sempre aos poucos, vivendo um dia de cada vez.

1 comentário:

JP disse...

gostei!